Fortalecendo

27 de outubro de 2010

Que medo me dá


"Que coisas são essas que me dizes sem dizer, escondidas atrás do que realmente quer dizer?
Tenho me confundido na tentativa de te decifrar, todos os dias. Mas confuso, perdido, sozinho, minha única certeza é que cada vez aumenta ainda mais a minha necessidade de ti. Torna-se desesperada, urgente. Eu já não sei o que faço. Não sinto nenhuma outra alegria além de ti.
Como pude cair assim nesse fundo de poço? Quando foi que me desequilibrei? Não quero me afogar: Quero beber tua água. Não te negues, minha sede é clara."


Será que é você? 
Que medo me dá. 
Que medo de pensar que crio e fantasio mil coisas na minha cabeça e no final das contas pode ser que não seja você. Pode ser que não seja você que virá me salvar. Pode não ser você a virar o príncipe. Pode não ser você a me salvar dessa torre.
E essa incerteza ao mesmo tempo que me consome, me instiga. Porque também há a possibilidade de ser. De ser não apenas projeção do que eu desejo. De ser mais do que espero.
Sim, eu ainda vejo algumas coisa em tons de rosa. Já meio esmaecido por tantas desilusões, mas ainda assim acredito em finais felizes... em encontros de final de novela, aqueles em aeroportos, onde os dois correm na direção do outro, deixando tudo para traz e se abraçam e beijam-se, e se soltam e se olham e se beijam mais e abraçam-se e se soltam e choram e riem e se olham novamente sem acreditar que ali estão, finalmente, frente a frente... enfim, real.
Que medo me dá... 

24 de outubro de 2010

Ser amigo, é isso... apoiar (Ou o q uma noite de msn pode fazer com vc.)




Você sabe o que é ser amigo de alguém? Ser amigo é apoiar o outro. Ainda que ele venha a fazer algo errado. Ainda que ele caia... é nessa hora que você tem a oportunidade de demonstrar o quão amigo você é, segurando na mão e ajudando a levantar.


.Cris Santos              diz:
*é um risco que vc tem que correr amiga
Pɑuʆɑ diz:
*pois é
            .Cris Santos              diz:
*se vc não correr não vai saber
Pɑuʆɑ diz:
*sim
            .Cris Santos              diz:
*e vamos que vamos
*eu to aqui p te apoiar
Pɑuʆɑ diz:
*ta bom
*ainda bem que tenho tu pra dar uma luz
            .Cris Santos              diz:
*independente de qual for sua decisão
Pɑuʆɑ diz:
*obrigada amiga
            .Cris Santos              diz:
*amigos são para isso
*não tem que agradecer
*fazes o mesmo por mim

Amiga. Te amo muito. Obrigada por existir na minha vida. 

"Era coração, aquele escondido pedaço de ser onde fica guardado o que se sente e o que se pensa sobre as pessoas das quais se gosta? Devia ser."

22 de outubro de 2010

Amor, I love you


"... Tinha suspirado,
tinha beijado o papel devotamente!
Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades,
e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas,
como um corpo ressequido que se estira num banho tépido;
sentia um acréscimo de estima por si mesma,
e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante,
onde cada hora tinha o seu encanto diferente,
cada passo condizia a um êxtase,
e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!"

17 de outubro de 2010





"Então me vens e me chegas e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque é assim que és..."

É assim que és .......
"Tudo
isso me perturbava porque eu pensara até então que, de certa forma, toda minha
evolução conduzira lentamente a uma espécie de não-precisar-de-ninguém. Até
então aceitara todas as ausências e dizia muitas vezes para os outros que me
sentia um pouco como um álbum de retratos. Carregava centenas de fotografias
amarelecidas em páginas que folheava detidamente durante a insônia e dentro dos
ônibus olhando pelas janelas e nos elevadores de edifícios altos e em todos os
lugares onde de repente ficava sozinho comigo mesmo. Virava as páginas
lentamente, há muito tempo antes, e não me surpreendia nem me atemorizava
pensar que muito tempo depois estaria da mesma forma de mãos dadas com um outro
eu amortecido — da mesma forma — revendo antigas fotografias. Mas o que me
doía, agora, era um passado próximo. "

"Existem milhares de coisas que eu não consigo fazer e uma delas é falar a verdade.
Sempre omiti o fato e inverti a situação, sou o tipo de pessoa que nunca ira te amar, mas farei você acreditar fielmente que a amo. Sim eu sou cruel e frio, pelo menos era o que eu imaginava ate te conhecer. E é por isso que eu te odeio tanto, nessa linha fina entre o amor e o ódio."

16 de outubro de 2010



De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
(Vinícius de Moraes)

5 de outubro de 2010

De repente 30



Ontem fui à casa dos meus pais. Estavam com a televisão ligada e passava um filme que eu adoro. De repente 30. Sempre gostei, sempre achei fofo, envolvente. Já havia assistido umas 4 vezes antes, mas ontem foi a primeira vez que me peguei pensando realmente na idéia que o filme quer passar.
Passamos a vida toda tentando se aceitos pela maioria, tentando nos integrar a determinado grupo que achamos ser o ideal para estarmos inseridos. E o que fazemos para que nossa aceitação seja descomplicada? A que ponto chega a nossa vontade de estar incluso num determinado grupo. Que tipo de atitudes tomamos para tal?
Como agimos com as pessoas que nutrem um imenso carinho por nós e muitas vezes nem percebemos? Ou então percebemos, mas fingimos nem notar por saber que ele não seria aceita junto ao grupo que você deseja integrar?
Será que não magoamos as pessoas que realmente se importam conosco por pura vaidade? Será que não deixamos de receber o melhor de alguém para ficar com o pouco vindo de outra pessoa que na verdade nem se importa tanto assim?
Fiquei pensando nisso. Vale a pena abrir mão de uns poucos e bons amigos para se aventurar com muitos, porém vazios? Vazios daquela coisa gostosa que é conhecer alguém a anos, ter morado na mesma rua, levado bronca junto... bom é levar sempre consigo essas pessoas. Os populares geralmente são vazios e fúteis. Bom mesmo são os que gostam de você pelo simples fato de ser você mesmo, assim, desse jeitinho, com todos esses defeitos e qualidades.
Não terá valido a pena chegar aos 25, 30 anos, olhar para trás e perceber  que ninguém daquela época permanece contigo. Perceber que você não manteve seus amigos ou não foi mantida por eles. Que se perdeu nesse longo caminho. Bom, não sei também... essa é a minha visão. É como eu vejo as coisas. Tantas pessoas passaram, poucas realmente mereceram ficar. Das que ficaram, nem sempre mantenho contato, mas elas estão ali, vivas e sei que também estou viva nelas em algum lugar do coração. Certamente perto daquela caixinha de lembranças antigas, já meio amareladas pelo tempo, mas que foram eternizadas pela beleza de sua simplicidade. 

"Acho que nós todos queremos sentir alguma coisa... que sentimos ou abandonamos. Talvez não tenhamos percebido o quanto deixamos para trás. Precisamos nos lembrar do que já foi bom. Se não, nunca saberemos reconhecer o que é bom, mesmo que esteja na nossa cara." (De repente 30)

2 de outubro de 2010

Avassalador






[Ele]*Só consigo dizer o que sinto.
*E o que queria agora é estar com meu rosto no seu.
*Encostando nariz com nariz pra te sentir e esquecer tudo de ruim.
*Só queria que soubesse o que realmente estou sentindo.
*É o que sempre quero na verdade.
          
[Ela]*Uhumm. 



Queria um abraço teu agora.



[Ele]*Eu também.




O problema é que eu me apego demais. Muito e muito rápido. Não dá nem tempo de ver "de onde veio" e já estou sendo arrastada. Quando eu gosto, eu gosto muito, não sei sentir pela metade. Não sei viver no meio termo. Não sei me manter na reserva. Eu me entrego. Fecho os olhos e vou. Pulo de olhos fechados e sem pára-quedas. Faço duas vezes antes de pensar.
Se me machuco? Claro que sim. E dói, viu? Dói muito. Mas não sei ser de outra maneira e nem quero. Vou vivendo assim, caindo e levantando. Sorrindo e chorando. Seguindo e parando no meio do caminho para retomar as forças. Viver tem que ser avassalador.
A vida pela metade não me interessa. Preciso sentir as coisas por inteiro, preciso sentir que me enchem o coração, seja de alegria, ou mesmo de dor. Não gosto da sensação de meio-feliz ou meio-triste. Se for pra ser feliz, que seja muito. Se for pra doer, que doa muito também. Preciso sentir com intensidade. Raspas e restos não me interessam. Eu quero, eu quero e preciso do excesso nos sentimentos.
Amor, amizade, raiva, pena, ódio... prefiro morrer a sentir algum desses pela metade. Por partes, picadinho. Não quero e não preciso, se for assim. Eu quero sentir o sangue correndo nas veias, quero sentir o coração pulando no peito, as mãos suando, pernas tremendo. Eu quero sentir. Sentir que estou viva, sentir que tenho motivos para levantar pela manhã.
Não faz mal se não for acabar bem. Isso já é outra história. O que importa é sentir verdadeiramente na hora em que as coisas acontecem. Sem se preocupar com o depois. Depois é depois. Ainda nem chegou, então aproveite. Ame, sofra, chore, ria. Viva.