Fortalecendo

5 de outubro de 2010

De repente 30



Ontem fui à casa dos meus pais. Estavam com a televisão ligada e passava um filme que eu adoro. De repente 30. Sempre gostei, sempre achei fofo, envolvente. Já havia assistido umas 4 vezes antes, mas ontem foi a primeira vez que me peguei pensando realmente na idéia que o filme quer passar.
Passamos a vida toda tentando se aceitos pela maioria, tentando nos integrar a determinado grupo que achamos ser o ideal para estarmos inseridos. E o que fazemos para que nossa aceitação seja descomplicada? A que ponto chega a nossa vontade de estar incluso num determinado grupo. Que tipo de atitudes tomamos para tal?
Como agimos com as pessoas que nutrem um imenso carinho por nós e muitas vezes nem percebemos? Ou então percebemos, mas fingimos nem notar por saber que ele não seria aceita junto ao grupo que você deseja integrar?
Será que não magoamos as pessoas que realmente se importam conosco por pura vaidade? Será que não deixamos de receber o melhor de alguém para ficar com o pouco vindo de outra pessoa que na verdade nem se importa tanto assim?
Fiquei pensando nisso. Vale a pena abrir mão de uns poucos e bons amigos para se aventurar com muitos, porém vazios? Vazios daquela coisa gostosa que é conhecer alguém a anos, ter morado na mesma rua, levado bronca junto... bom é levar sempre consigo essas pessoas. Os populares geralmente são vazios e fúteis. Bom mesmo são os que gostam de você pelo simples fato de ser você mesmo, assim, desse jeitinho, com todos esses defeitos e qualidades.
Não terá valido a pena chegar aos 25, 30 anos, olhar para trás e perceber  que ninguém daquela época permanece contigo. Perceber que você não manteve seus amigos ou não foi mantida por eles. Que se perdeu nesse longo caminho. Bom, não sei também... essa é a minha visão. É como eu vejo as coisas. Tantas pessoas passaram, poucas realmente mereceram ficar. Das que ficaram, nem sempre mantenho contato, mas elas estão ali, vivas e sei que também estou viva nelas em algum lugar do coração. Certamente perto daquela caixinha de lembranças antigas, já meio amareladas pelo tempo, mas que foram eternizadas pela beleza de sua simplicidade. 

"Acho que nós todos queremos sentir alguma coisa... que sentimos ou abandonamos. Talvez não tenhamos percebido o quanto deixamos para trás. Precisamos nos lembrar do que já foi bom. Se não, nunca saberemos reconhecer o que é bom, mesmo que esteja na nossa cara." (De repente 30)

10 comentários:

Anônimo disse...

Interessante o texto, e a ligação que fez com o filme. Para quem assistiu, talvez encontre as relações. E que interessante, duas palavras.. o conhecer e o reconhecer (ou re conhecer). Conhecemos, descobrimos e redescobrimos amizades.. revivemos.. talvez seja isso.. RE VIVEMOS!! E é isso que vale a pena!! A gente reconhecer o que é bom (ou não)Relacionar... VIVER!!!

Carlos-KK

Mariana Oliveira disse...

"Não terá valido a pena chegar aos 25, 30 anos, olhar para trás e perceber que ninguém daquela época permanece contigo. Perceber que você não manteve seus amigos ou não foi mantida por eles. Que se perdeu nesse longo caminho".

Acredito que esse trecho diz muita coisa, ou poderia dizer que diz tudo, pelo menos pra mim.

Há 10 anos meus melhores amigos permancem comigo, tenho uma certeza tão grande no meu coração que eles sempre permaneceram ao meu lado, porque não faz sentido deixa-los pelos caminhos quando eu tiver 25 ou 30 anos, porque tudo que eu sou e serei faz parte deles também.

Grande Beijo, Paulinha!
Estava com saudades do seu cantinho.

Uma terça-feira linda e florida para você!

Bell disse...

Adoroooo esse filme, e ele nós faz pensar mesmo em amizades e nas coisas que deixamos de lado.

Paulinha.. bjokas na pontinha do nariz =)

Anônimo disse...

Olá, estava de passagem e " que bom " que encontrei teu blog.
Gostei bastante do que li e vi por aqui.

Estou te seguindo,
Me visita tb.

http://pedacosdomeucotidiano.blogspot.com/

Voltarei sempre.
Grande beijo
Thaty
Pedaços do Cotidiano

Elis disse...

Muito bonito texto e concordo com suas palavras!!!
bjs amiga, que não conheço, não levei bronca junto mas guardo no coração!!!

Paula disse...

Obrigada pelo carinho, meninas. E Thaty, seja muito bem vinda. Volte sempre. Aliás, voltem todas sempre.

Beijinhos, flores q estão sempre aqui, FORTALECENDO meu cantinho e enchendo meu coração de alegria, com as palavras que me deixam. Obrigada, de coração.

Anônimo disse...

Oops, voltei para ratificar. Eu havia dito beijo meninas, mas lembrei do Carlos ali... rsrsrs Então, beijos, meus queridos, meninos e meninas.

Jessica disse...

Perfeito, perfeito!!
Esse texto me fez lembrar o quão importante é valorizar os bons momentos vividos e que não importa quantas pessoas passam em nossa vida, mas o significado que elas deixam é nós!
Amei Paulinha!!
Bjocas no coração, espero deixar alguma coisa na sua caixinha de lembranças tbm!

Paula disse...

Ouun, Jhessi,linda do meu coração. Claro que deixa algo sim. Vou levar todos pela vida afora, num cantinho especial do coração. Vc, Jhe e muitos outros q conheci de maneira parecida. Adorooo.

Beijinhos querida, obrigada pelo carinho de sempre. =P

Tatiih disse...

Realmente o que você falou é verdade... A maioria das pessoas acham que ser popular é legal, por boa parte é sim, mas por outra não é, pois todos os amigos que aquela pessoa possui, não são verdadeiros, todos estão ali, só para aparecer, e amigo de verdade essa pessoa nunca teve na realidade.
Bom também adoro esse filme, mas eu nunca tinha parado para ver qual era a verdadeira mensagem que ele passa, agora eu sei, e faz sentido ... =D
Beijoos