Fortalecendo

6 de novembro de 2011

Aprendendo


Sou uma espécie de conselheira sentimental dos amigos. Todos os dias ouço histórias de amor. Histórias de amor que estão começando, outras terminando. Todas iguais dentro das suas diferenças. Amor e egoísmo. Amor e medo. Amor e abandono. Amor.
Todos os tipos de pessoas, diferentes personalidades, as mais variadas maneiras de encarar as coisas da vida. Seres distintos. Idade, cultura (ou a falta dela), gênero. Todas movidas por essa coisa enorme que de repente invade a vida de cada um e toma conta de tudo. E depois vai embora. Ou não.
Curioso é perceber como as pessoas reagem ao fim dos relacionamentos. Algumas se mostram tão fortes, outras se fragilizam tanto que parece que não vão conseguir continuar a viver sozinhas. Algumas ficam se culpando, se martirizando desnecessariamente. Outras logo, logo partem para outra, literalmente. Essas são, ao meu ver, as que conseguem aproveitar melhor a vida. Vivem o que tem pra viver, sofrem, choram, mas se erguem e saem lutando contra moinhos de vento. 
É assim, sempre. É quase que um circulo vicioso. Os relacionamentos começam, são lindos por um certo tempo, depois começam a desgastar-se até que um dia chega a hora derradeira do adeus. O bom é que mesmo sofrendo horrores algumas pessoas não perdem a doçura. Não desistem de ser quem são por ninguém. Enfrentam as dores de maneira diferente, em intensidade diferente. Passa. Sempre passa. Dia após dia sentem-se melhor, mais forte.
Passamos a vida toda atrás de amor. Mesmo não admitindo isso. Procuramos incessantemente por alguém que nos complete. Que nos faça felizes. E essa pessoa chega. Faz o que tem que fazer na nossa vida, depois vai embora. E ninguém morre por causa de um coração partido, isso eu aprendi. Sempre surge uma pontinha de esperança e um amor novinho em folha. No tempo certo. 

3 de novembro de 2011

Todos os amores são conchas vazias



"Todos os amores são conchas vazias,todos os corações um dia são partidos.
Mas quando a gente encontra alguém pra deitar do nosso lado
e contar estrelas com a gente,
é como se uma pérola só nossa brotasse dentro da concha
e fizesse a gente esquecer o escuro e a solidão.
Eu sei que você tem medo e eu também tenho,
mas a vida veio pra ser vivida e, se um dia roubarem a sua pérola
tenha apenas uma certeza: você não vai morrer
e quando menos esperar outra pérola nasce.
O nosso amor é burro, mas é bom.
Quem escolhe se esconder dele por segurança não se machuca,é fato,
mas também nunca conta estrelas de madrugada e nem, no final da vida,
tem um colar de lembranças para contar.
"

[Rani Ghazzaoui]